O exemplo deste ex-ciclista americano está aí para mostrar que não importa o quanto você é bom em Enganar pessoas, a Verdade sempre vai surgir na hora em que você menos esperar e quanto mais alto for sua Fama pior será sua vergonha.

A história de vida e superação de Lance Armstrong era incrível demais para ser verdade. O próprio americano admitiu, em entrevista exibida por uma Tv dos EUA, que não teria como conquistar sete títulos da Volta França logo depois de enfrentar um câncer sem fazer uso de substâncias proibidas. Mas, durante muitos anos, seus fãs acreditaram no conto de fadas. Não à toa. O ex-ciclista americano surpreendeu o mundo ao sobreviver à doença que tomou conta de seus testículos, pulmão e cérebro, e ainda ao virar o maior ciclista de todos os tempos - até o escândalo vir à tona. A liderança no movimento de combate ao câncer e o desempenho dentro das pistas fizeram dele um herói. O "personagem", no entanto, saiu de cena ao confessar que enganou a todos ao longo de sua carreira.



Nascido na cidade de Plano, no Texas, em 18 de setembro de 1971, Armstrong iniciou sua história no mundo esportivo na natação e, aos 13 anos, se apaixonou pelo triatlo. Mas seu talento apontava cada vez mais para o ciclismo. Aos 21 anos, venceu o Campeonato Mundial de Estrada. Mas em pouco tempo graves problemas de saúde ameaçaram tirá-lo do esporte. Aos 25 anos, anunciou que estava com câncer nos testículos. Outros tumores também foram descobertos no pulmão e no cérebro. Precisou passar por cirurgias, além de enfrentar intenso tratamento de quimioterapia. Na época, os médicos diziam que a probabilidade de o americano sobreviver era pequena.

No ano seguinte, foi declarado livre do câncer e criou a "Fundação Lance Armstrong", agência que luta pelo combate à doença. O americano escreveu vários livros sobre a sua história, participou de filmes e virou um ícone para os portadores da doença. Em 1998, voltou a praticar o esporte e, em 1999, já conquistou seu primeiro título da Volta da França. A partir de então, manteve a hegemonia na competição até 2005, somando sete troféus.



Os últimos anos da carreira do americano foram marcados por acusações de doping. Em 2005, começaram as suspeitas de que ele teria usado substâncias proibidas. Urina congelada do ciclista passou por análise, já que, na época, não havia tecnologia suficiente para isso. O resultado apontou para o uso de Eritropoietina. Várias polêmicas foram levantadas a partir daí. Sem provas concretas, Armstrong não chegou a ser punido. Mas novas acusações surgiram em 2011, quando deixou às pistas pela última vez. Dois de seus ex-colegas de equipe revelaram que o ídolo americano se dopava.

Em junho de 2012, a Agência Antidoping dos Estados Unidos (Usada, na sigla em inglês) acusou-o formalmente do consumo de substâncias ilícitas, baseando-se em amostras sanguíneas de 2009 e 2010 e nos testemunhos de ciclistas. Em outubro, Armstrong foi oficialmente banido do esporte pela União Ciclística Internacional (UCI). O americano, que acabou deixando a presidência da agência de combate ao câncer, desistiu de se defender tanto da acusação da Usada quanto da UCI e teve os seus sete títulos da Volta da França retirados, além da medalha de bronze nos Jogos de Sydney 2000.

 

Em janeiro de 2013, Armstrong admitiu pela primeira vez o uso do doping em uma entrevista à apresentadora de TV Oprah Winfrey. Após a entrevista, ele foi forçado a deixar a instituição de combate ao câncer que ele mesmo criou, a Fundação Lance Armstrong, perdeu seus patrocinadores

Entrevista completa de Lance Armstrong para a agencia de noticias BBC

 

 

Fonte GE