Se isto não é suficiente para a Câmara de Vereadores de Araioses afastar imediatamente o senhor prefeito até que as investigações sejam concluídas, não há mais nada que justifique tal medida. 

O sumiço criminoso apontado por órgão superior à câmara de 9 milhões dos servidores públicos municipais, que deviam ter sido repassados à previdência é apenas a ponta do iceberg, pois prejudica não somente os araiosenses agora, como no futuro quando esses beneficiários quiserem se aposentar e não puderem por falta de contribuição proporcional aos seus salários. Sem falar que próximas gestões poderão ser obrigadas judicialmente a repor os valores agora desaparecidos, onerando duplamente o contribuinte, que pagou agora e pagará novamente no futuro.

Ainda que milagrosamente os 9 milhões apareçam de uma hora para outra, o desvio já está caracterizado, pois a auditoria do TCE (Tribunal de Contas do Estado) se refere aos meses de janeiro a setembro de 2017, quando a prefeitura recolheu de contribuição ao INSS 11 milhões, mas repassou somente 2 milhões.

Para onde foi os 9 milhões que deveriam ter sido repassados no mesmo período? Estará mofando no colchão de alguém, correndo jurus em alguma conta ou já descansa em paz em alguma cidade do Goiás?

[caption id="attachment_1112" align="aligncenter" width="320"] Sônia e Cristiano[/caption]

O relatório do Tribunal de Contas do Estado concluiu pela responsabilização do prefeito Cristino, sua esposa Sónia (de janeiro ao começo de maio) e seu irmão Antônio Ferri (10 de maio aos dias atuais, período da auditoria), ambos tesoureiros do município. E gerou o processo 9388/2017-TCE-MA, disponível a qualquer cidadão.

Diante do feito, o que fará a Câmara de Vereadores de Araioses? Qual resposta o Ministério Público dará ao avacalhamento das leis e probidade administrativo?

É livre a indignação e perguntar não é crime!

Por Marcio Maranhão 

Fonte: Gugu Maranhão