Publicada no Diário Oficial Municipal (DOM) na última segunda-feira (15), a compra de R$ 170.300,00 (setenta mil e trezentos reais) em caixões pela prefeitura da Raposa gerou polêmica e questionamentos à prefeita Thalyta Medeiros de Oliveira, mais conhecida por Talita Laci (PCdoB), em redes sociais e grupos de troca de mensagens. Isso porque no município maranhense, localizado na Região Metropolitana de São Luís, vivem pouco mais de 29 mil habitantes e morrem menos de 150 pessoas por ano.

[caption id="attachment_958" align="aligncenter" width="640"] Cemitério de Raposa[/caption]

O pregão 027/2017 publicado no Diário faz referência à contratação de empresa especializada para o fornecimento de urnas mortuárias e serviços traslados funerais para atender a população em situação de vulnerabilidade do município. A contratada foi a “Pax São Luís Raposa” – cuja razão social é L. G. Ribeiro – ME. A firma fica na Avenida Principal, 133, no Centro, daquela cidade.

Quem se manifestou em comentários sobre o assunto achou exagero. É que a cidade pequena tem apenas um cemitério. Em alguns dias, o coveiro nem aparece para trabalhar. Calmaria que não impediu Talita Laci de fazer uma licitação para contratar a funerária, por quase duzentos mil reais.



Segundo o SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade), 131 pessoas morreram na Raposa no ano de 2015 inteiro e menos de 20 famílias pediram auxílio à prefeitura para fazer o sepultamento. Um número bem inferior ao contrato assinado para a quantidade de caixões encomendada pelo município. Se somarmos o valor da proposta dividido pelos 365 dias do ano, daria um caixão por dia. Ou seja, a prefeita raposense prevê ano trágico com um marte por dia. Será se foi por isso que a gestora resolveu a comprar R$ 170 mil em urnas funerárias? Com a palavra, o Ministério Público!

Apenas a funerária vencedora participou da concorrência. Nas redes sociais, os moradores criticam a compra de tantos caixões. E nas ruas, não se fala em outro assunto.



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